segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Sentimento Perpétuo.















Konbawa, mina-san!


Neste domingo ocorreu a 31ª Festa das Cerejeiras no Parque do Carmo, Zona Leste de São Paulo.

Apresentações individuais ou em equipe de grupos de dança, além de grupos de Taiko foram uma das atrações do evento. Porém, como o próprio nome diz, as grandes estrelas da festa eram as Sakura.

Além de bancos dispostos próximos às árvores, muitos oji-san (avô) e oba-san (avó) estiravam esteiras no chão, com intuito de praticar o hanami, tão difundido e milenar na cultura Japonesa.

O hanami significa, literalmente "apreciação das flores", momento no qual as pessoas param para admirar a beleza da flor de cerejeira. Para se ter uma idéia, o hanami ja era apreciado no período Nara (710 - 794), mas com ameixas, sendo o imperador Saga (786 - 842) quem determinou o primeiro hanami de sakuras no jardim do palácio imperial, em Kyoto, após observar a nobreza e fugacidade das cerejeiras.

A comemoração não limita-se apenas a um espetáculo visual. Há uma forte simbologia, já que a sakura sempre foi apreciada pelos japoneses e faz parte da temática do haiku, ou haikai (poema japonês de 31 sílabas que pode ser declamado "em apenas um suspiro").

O desabrochar da sakura marca, além do início de um novo ano e da primavera, expressa também o fim de um tempo, cujo lembranças ficam marcadas como lições. Nesta data, os japoneses param para repensar a própria vida, dentro do período de alguns dias da floração das cerejeiras, tornando-se apenas galhos após esse período.

Faço questão de integrar aqui este trecho na íntegra, disponível na ACBJ:

"Assim, dizem que as sakura representam, em sua fugacidade, o que há de mais belo e sintético na natureza. Eram associadas à coragem dos samurais, que não temiam a própria morte, posto que sua existência é intensa e fugaz, ao mesmo tempo. Para os poetas, a arte do kendo (espada) e do shodo (caligrafia) estão muito próximas, da mesma forma que a vida e a morte. Durante sua breve floração, as cerejeiras representam, senão, a metáfora da vida – breve, intensa e fugaz."

Para mim, particularmente, foi um déjà vu, daqueles que trazem exatamente o sentido empregado sobre a metáfora da vida: tão breve, de intensidade admirável e tão fugaz quanto um suspiro"... aquele suspiro que dei, com a sensação de já haver passado por aquilo.. chorado e experienciando uma vida que não mais existe fisicamente, mas sua intensidade fora tão grande no passado que me atingiu nessa - atual - existência.

“samazama no / koto oimoidasu / sakura ka na” (quantas memórias / me trazem à mente / cerejeiras em flor). Haikai do Poeta Matsuo Basho (1644 - 1694).


Obrigado natureza, você é o grande amor incondicional que eu nunca saberei dimensionar!

Boa noite a todos, queridos (as).


Ps.: Konbawa, mina-san (boa noite a todos); imagens: arquivo pessoal, tiradas na festa.

sábado, 1 de agosto de 2009

A Novidade


Boa noite (madrugada?! 4h30 agora... A dúvida soberana da postagem anterior)

Queridos(as)!
Alugo-os nesta madrugada linda e inspiradora para anunciar uma idéia que desejo compartilhar com vocês!

Como referi na postagem anterior, respondendo ao comentário da Bruna, que desejava postar algo diferente.

Pois então, eis que, nesta madrugada, auxiliado por uma trilha sonora peculiar (álbuns: The Magic Numbers - Those the Brokes; Muse - Black Roles and Revelations; e Supertramp - Breakfast In America) e opiniões de amigos, despertei uma idéia sobre algo que adoro fazer, mas não divulgo muito.

Enfim, sem mais nhém-nhém-nhém e blá-blá-blás: Pretendo postar uma história aqui!

Meus maiores receios é deixar a leitura bem agradável aos olhos e senso.. não abusando muito do tamanho da postagem, evitando deixar o texto de forma perdida.. MAS, para tanto, esforçarei-me em manter o texto agradável =)

Não farei mistério quanto ao conteúdo: O tema irá tratar da vida de um inseto, um grilo. Ele vive situações no qual observa o comportamento de outros invertebrados e o da nossa espécie em seu ambiente, em especial um pesquisador que acompanha sua rotina durante um período.

O texto é fictício, mas retratará de forma mais próxima da realidade o comportamento dos bichos (em laboratório) tratando-os como iguais no ambiente natural... SIM, TINHA que ser idéia de um BIÓLOGO xarope que é apaixonado por comportamento animal! hahaha.

Espero que agrade vocês... ah! Quanto à foto, foi tirada no Parque Raul Seixas, enquanto efetuava observações de fauna sinantrópica (que se adaptaram a viver com a nossa espécie) do parque Raul Seixas, Zona Leste, São Paulo.

Ah, outra coisa! Se possível, deixe seu comentário para apresentar como deseja que eu venha a postar.. pensei em colocar por capítulos.. mas estou aberto para propostas!

Um excelente domingo para Todos e obrigado! =)